Sobre ser (im)perfeita

Um dia uma pessoa que me segue no Instagram disse-me que não entendia o porquê das minhas inseguranças.

Olhava para as minhas fotos e pensava: ela tem tudo para ser feliz… É bonita, tem um corpo bonito, tem um namorado que a ama e um trabalho que adora. É uma idiota por se sentir insegura, porque na verdade não tem motivos para se queixar.

Talvez algumas de vocês tenham pensado, em algum momento, as mesmas coisas. Mas sabem… Por trás das fotos e de uma vida que talvez julguem ser melhor que as vossas, existe uma mulher com fraquezas, medos e defeitos.

Uma mulher que já sofreu e passou por muitas coisas, e que provavelmente irá passar por muitas outras, porque a vida é mesmo assim.

E não sou a única! Isto acontece com todas as mulheres deste Mundo, mesmo aquelas que vemos como uma inspiração, como a mulher ideal, com o corpo, emprego, companheiro e vida perfeita.

O mais provável é que essa mulher também não esteja satisfeita com a sua vida, não na totalidade, mesmo que não o assuma perante o Mundo.

Ou talvez até esteja! Mas não porque a sua vida é perfeita, e sim porque decidiu focar-se nas coisas boas que tem e é, e aceitar as menos boas como fazendo parte.

Um dos meus objectivos de 2018 era esse: aceitar a não-perfeição. Da minha vida e sobretudo a minha.

Não posso dizer que o tenha concretizado na sua totalidade, e provavelmente será um processo que levará anos a ser concluído.

Mas sei que o caminho é por aqui, e quero trazer-vos comigo. Sei que juntas é mais fácil, e se puder escolher, gostava que olhassem para mim como alguém que não é, e já desistiu de ser, perfeita. Alguém com falhas, problemas e dias não.

Por isso, se algum dia vos fiz sentir inferiores, desmotivadas ou menos seguras de vocês, seja por que motivo for, peço-vos desculpa… Porque sei o quanto dói e essa nunca foi a minha intenção.

Porque quero que saibam que não estão sozinhas, e que temos mais em comum do que poderia parecer à primeira vista ❤️

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